The Mentalist é uma série que, mesmo de um caso banal, consegue sair-se bem. Isto deve-se principalmente a um rapaz chamado Patrick Jane, que consegue conquistar ao mínimo sorriso. E este episódio foi um exemplo paradigmático. Temos um caso já algo batido, que com Patrick se torna um bom episódio. Passa-se bons momentos com The Mentalist. E não é isso que todos nós, no fundo, andamos a procura neste mundo televisivo: à procura de um bom momento?
O caso trata da morte de um advogado, encontrado estendido na berma da estrada sem os seus valores. Começam as conjecturas, começam as questões, começa o jogo, o mind game de Jane (se o Mourinho se encontra-se com uma pessoa destas é que havia de ser bonito). Primeira paragem: gang de motociclistas (ou de bicicletas, como o Zach de Bones referiu num episódio longínquo). O ambiente propício para Jane colocar as suas charadas, arriscar tudo, num meio nada favorável a isto. O jogo de Jane começa a desenhar-se aqui, a criança a brincar com os Legos, a montar charadas para ele próprio resolver.
De novo, o caso é resolvido devido a Patrick. É o seu jogo de consciência que desperta o sentimento de culpa profunda do assassino: o seu filho, que devido a falta de presença do pai e, quando este estava na sua companhia era a mesma coisa que não estivesse lá, decide cortar o mal pela raiz. Mas até lá temos Rigsby e Cho contra uma matilha de motorizadas, tivemos uma aula de condução de Jane ao assassino e a prisão de uma inocente, pelo nome da justiça. Algo irónico, não?
Outros pormenores:
- A Van Pelt dava para WRC. A condução esteve impecável.
- O sentido de moralismo do nosso “investigador preferido” é lindo. A cena final vale mil palavras, conseguindo, primeiro, compensar a mulher que ele teve de prender para resolver o caso, e ainda escrever direito por linhas tortas. Claro que aquilo não é justiça, é Patrick Jane a trabalhar. E ele trabalha tão bem de chapéu.
- Pela cena final, o Simon Baker merecia um prémio. Pelo resto do episódio, merecia mais dois.
- Para acabar: onde pára o Red John? Os argumentistas esqueceram-se dele, ou estão a guarda-lo para outra altura. É que já sinto falta do meu smile preferido.