Denovo o jogo de voltas e reviravoltas volta a Castle. A série consegue
explorar aquilo em que é boa, ou seja, na construção de excelentes
casos, sem envolver ciência forense. Assim consegue que a série ganhe
mais ritmo e, por isso, se torne mais interessante. Assim se conta
rapidamente a história deste episódio.
Desta vez vemo-nos no meio da espionagem comercial, servindo isto
como pretexto para a construção de traições e amores. A morte de um
empregado da empresa de reciclagem de NY é a princípio para Castle e
Beckett. Com isto vem muito mais. Começamos por ver um marido que se
encontra noivo. O caso, a partir destas duas mulheres, vai-nos trocando
as voltas habilmente, conseguindo sempre arranjar algo imprevisível
para mudar o rumo da história.
O que fica é que o marido sempre foi fiel a mulher e que, tudo o que
fez foi por um amor ainda maior: um amor pela natureza e o perigo que
esta corre. Se, no inicio, a personalidade do homem estava manchada, no
final acaba ressuscitada. Um bom caso, mas continuo a pedir a Castle
algum que envolva a mãe de Beckett.
E, ao ver a filha do protagonista a andar a investigar o arquivo da
polícia, essa esperança renovou-se. Mas por pouco tempo. A narrativa da
Alexis deu para mostrar que existe sempre algo perdido, algo que, com
muito esforço, poderá regressar às mãos que lhe pertencem. Uma cereja
por cima de um bolo razoável.